Manchetes

Prefeitura não cumpre acordo no carnaval, ambulantes contabilizam os prejuízos

A gestão não fiscalizou os vendedores de outras cidades, deixando os locais em desvantagem


Vendedor ambulante de Cabrália mostra os prejuízos após o Carna Cabrália

Passado o Carna Cabrália, os vendedores ambulantes de Santa Cruz Cabrália começaram a contabilizar os prejuízos da festa, segundo os ambulantes, a causa do fracasso nas vendas foi o descumprimento de um acordo por parte da prefeitura, entenda:

Lei Municipal que proíbe a comercialização de bebidas em garrafas de vidro

A Prefeitura de Santa Cruz Cabrália proíbe, desde 21 de novembro de 2019, através de publicação do Diário Oficial, a venda e o consumo de bebidas em garrafas ou outros recipientes de vidro. A medida vale para os eventos de Carnaval, São João, São Pedro, dentre outros. Na intenção de uma medida de segurança para o desfile dos blocos de rua na cidade.

A punição para quem for pego descumprindo desta Lei é uma multa de até R$ 1.000,00, além de apreensão dos produtos.

Então qual a relação de uma Lei que visa a segurança dos foliões com o prejuízo dos ambulantes de Cabrália? Simples, os ambulantes da cidade cumpriram fielmente o acordo, investiram apenas em cerveja em lata, como foi acordado em reuniões com o secretário de turismo, Marcel Kemps Nascimento. Mas a prefeitura deixou de fazer sua parte, que era fiscalizar a vendas de garrafas de vidro, deixando os ambulantes de outras cidades livres para venderem.

Garrafas de vidro que foram comercializadas por ambulantes de outras cidades

“Nos proibiram de vender Long Neck em garrafa, mas os ambulantes de fora vieram e venderam. E eles não fizeram nada, a perseguição é apenas com a gente de Cabrália. Para nós ambulantes, foi um dos piores carnavais. ” Disse uma ambulante.

“Vendedores de Cabrália tiveram um enorme prejuízo, porque segundo eles (prefeitura) se não houvesse a fiscalização, que a gente podia se manifestar, nós avisamos a Maciel, que isso não iria funcionar. Compramos cerveja tudo em lata, fizemos tudo o que pediram na reunião, mas na hora da festa não foi cumprido, fomos prejudicados por não poder vender as ‘Long Neck’ e os ambulantes de fora vieram e venderam”. Reclamou uma vendedora.

A intenção da Lei é boa e deve ser incentivada, mas a prefeitura precisa dar suporte aos vendedores locais, fiscalizando e dando condições iguais, em alguns casos até priorizando-os, para que as vendas não sejam desproporcionais como foi neste caso. Nossa cidade está quebrada e sem um poder executivo forte que dê um real suporte, as coisas só tentem a piorar.

. . .

Leia também:

PRF intensifica fiscalização nas rodovias durante o feriado de Natal

A Operação Natal 2023 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) começa nesta sexta-feira (22). Com a ação, que vai até as 23h59min de...

Municípios devem apresentar demandas para alfabetização

O governo federal divulgou as regras para que as redes públicas de educação básica dos estados, Distrito Federal e municípios possam...

Forró é reconhecido como manifestação da cultura nacional 

O gênero musical forró foi reconhecido como manifestação da cultura nacional O projeto de lei que já havia sido aprovado na Câmara...

Caixa e Banco do Brasil começam a renegociar dívidas do Fies nesta terça

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BB) começam, nesta terça-feira, 7, a renegociar as dívidas de estudantes com o Fundo de...

Incra finaliza cadastro de todas as Terras Indígenas regularizadas

As informações cadastrais de todas as Terras Indígenas (TIs) regularizadas no país foram atualizadas pelo Incra no Sistema Nacional de...