Na contramão do Brasil, prefeito Agnelo veta projeto que proíbe a comercialização de canudos de plástico
Prefeituras do Brasil inteiro começaram a criar leis como forma de diminuir o uso do produto e incentivar a população para uma educação ambiental.
Na sessão desta terça-feira (3), a mão pesada do executivo pairou novamente sobre a cabeça de 08 vereadores (apenas Xêpa – autor do projeto, Humbertinho e Indiara votaram contra o veto do prefeito). Após entrar com solicitação de veto do projeto de lei que proíbe a comercialização de canudos de plástico nas barracas de praia, escunas, restaurantes e ambulantes, vereadores que anteriormente votaram a favor da aprovação do projeto voltam atrás de acatam as decisões arbitrárias do prefeito.
Seguindo no fluxo contrário das cidades turísticas brasileiras, inclusive na direção contrária da nossa vizinha Porto Seguro, que foi a primeira da região a implementar o projeto, o prefeito Agnelo Santos parece querer que Santa Cruz Cabrália permaneça estagnada, parada no tempo, e que continue consumindo quilos e quilos de plástico, que todos já sabem: causam enormes impactos negativos na vida marinha (que basicamente é o nosso maior sustento – através do turismo e da pesca). Segundo uma estimativa do Fórum Econômico Mundial, existem 150 milhões de toneladas métricas de plásticos nos oceanos e caso o consumo siga no mesmo ritmo dos números atuais os cientistas preveem que haverá mais plásticos do que peixes nos oceanos até 2050.
Diante desse cenário, empresas como Starbucks, McDonald’s e Burger King anunciaram a retirada dos canudos de seus estabelecimentos ou substituíram por outros de fontes biodegradáveis.
Prefeituras do Brasil inteiro começaram a criar leis como forma de diminuir o uso do produto e incentivar a população para uma educação ambiental. Cidades como Rio de Janeiro (que foi a pioneira), Santos, São Paulo, Camburiú, Joinville, Guarujá, Aracaju e dezenas de outras já aprovaram o projeto. A pergunta que fica é: Por que Cabrália não consegue aprovar uma lei dessas?
Segue um gráfico realizado pelo Cidades Inteligentes em 2018 (sim, muitas cidades já devem estar com suas leis aprovadas dede então) em que mostra as cidades onde a lei já foi aprovada ou está em tramitação.