Turismo contabiliza os prejuízos da greve dos caminhoneiros


A greve dos caminhoneiros deixou um rastro negativo no turismo baiano, especialmente no que diz respeito à hotelaria e ao setor de bares e restaurantes. Os efeitos podem ser mensurados quando se avalia o resultado das vendas no feriadão de Corpus Christi, que historicamente registra em Salvador ocupação da ordem de 70%. Este ano não atingiu 30%, segundo a Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA). O percentual representa a metade dos 60% verificados entre 2016 e 2017, anos afetados pela crise econômica e de piores resultados para o segmento até então.

O presidente da entidade, Sílvio Pessoa, revela que os bares e restaurantes contabilizaram, nos 10 dias, perdas de até 60%.

– As pessoas não podiam sair de casa para consumir, e por outro lado as empresas não encontravam produtos que são sua matéria-prima, e quando achavam eram por preços até 50% mais altos – aponta Pessoa.

Ele diz que a junção da crise econômica com greve dos rodoviários e depois caminhoneiros deixou muitas empresas insolventes e calcula que pelo menos 10% delas devem encerrar as atividades até o fim de 2018. Regiões como Porto Seguro, Ilhéus e o litoral norte também foram afetadas.

– Até quarta-feira, véspera do feriado, a população não sabia se teria combustível para viajar por terra ou de avião e preferiu permanecer na zona de conforto a enfrentar o risco de ficar pelo caminho em pleno feriado – explica.

Compensação – O presidente da FeBHA conta que o setor está apelando às secretarias de Turismo do estado e municípios para que aproveitem a novela ambientada na Bahia para promover o destino e atrair visitantes com ações de marketing.

 

 

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