Em 79º lugar, Brasil estaciona no ranking de desenvolvimento humano da ONU


ograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta terça-feira (21) o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), e o Brasil se manteve no 79º lugar no ranking que abrange 188 países, do mais ao menos desenvolvido. O relatório foi elaborado em 2016 e tem como base os dados de 2015.
O IDH é um índice medido anualmente pela ONU e utiliza indicadores de renda, saúde e educação (entenda a metodologia ao final desta reportagem).
O ranking mundial de desenvolvimento humano dos países apresenta o índice de cada nação, que varia de 0 a 1 – quanto mais próximo de um, mais desenvolvido é o país. No RDH divulgado nesta terça, o Brasil registrou IDH de 0,754, mesmo índice que havia sido registrado em 2014.

América Latina

Na América do Sul, alguns países vizinhos ao Brasil apresentaram índices de desenvolvimento humano melhores.

O Chile, por exemplo, ficou em 38º lugar, com IDH 0,847; a Argentina, em 45º lugar (IDH 0,827); o Uruguai, em 54º lugar (IDH 0,795); e a Venezuela, em 71º lugar (IDH 0,767).

No Mercosul, o único abaixo do Brasil no ranking é o Paraguai, no 110º lugar (IDH 0,693). O país se enquadra naqueles com desenvolvimento humano “médio”, segundo a ONU. Outros países vizinhos, como Equador (IDH 0,739) e Colômbia (IDH 0,727), ficaram nas posições 89 e 95, respectivamente.

Na América Central, também há países melhores classificados do que o Brasil. Cuba, por exemplo, está no 68º lugar (IDH 0,775); Trinidad e Tobago, no 65º lugar (IDH 0,780); e Barbados, na 54ª posição (IDH 0,795).

Brics

Entre os Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o país está atrás somente da Rússia, no 49º lugar (IDH 0,804).

Na sequência, entre os países do grupo, aparecem China, no 90º lugar (IDH 0,738, excluída Hong Kong); África do Sul, na 119ª posição (IDH 0,666); e Índia, no 131º lugar (IDH 0,624).

Desigualdade

Ao elaborar o Relatório de Desenvolvimento Humano, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento também divulga o “IDH ajustado à desiguldade”.

Nem todos os países têm esse índice medido pela ONU. No caso do Brasil, o Pnud afirma que, se for levado em conta o “IDH ajustado à desigualdade”, o índice de desenvolvimento humano do país cairia de 0,754 para 0,561 e o Brasil cairia 19 posições no ranking mundial. Países vizinhos como Argentina e Uruguai também perderiam posições, 6 e 7, respectivamente.

Entre os 20 primeiros países do ranking, classificados entre as nações com desenvolvimento humano “muito alto”, somente Países Baixos, Islândia, Suécia e Luxemburgo ganhariam posições, se levada em conta a desigualdade social. Estados Unidos, Dinamarca e Israel, por exemplo, cairiam.

Escolaridade e expectativa de vida

Um dos itens que compõem o IDH é a expectativa de anos de estudo dos cidadãos. De 2010 a 2013, esse número subiu de 14 anos para 15,2 anos, mas, desde então, não aumentou, se mantendo o mesmo em 2014 e em 2015.

A média de anos de estudo, por outro lado, manteve neste ano a trajetória de crescimento que vem sendo registrada desde 2010. Naquele ano, eram 6,9 anos. O número, então, subiu para 7,2 anos em 2012 e para 7,7 anos em 2014, por exemplo, chegando a 7,8 anos em 2015. A média brasileira, porém, está abaixo das registradas no Mercosul e nos Brics.

Outro idem levado em conta na composição do IDH é a expectativa de vida ao nascer. Segundo o relatório divulgado nesta terça, a expectativa dos brasileiros manteve a trajetória de crescimento dos últimos. De 2014 para

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