Baiano se torna primeiro negro da guarda de honra do presidente da Itália


Um brasileiro de 27 anos se tornou o primeiro negro a entrar na unidade da guarda de honra do presidente da Itália, o Reggimento Corazzieri — o equivalente aos Dragões da Independência do Brasil.

Identificado apenas com as iniciais de seu nome, N.T., como forma de preservar sua identidade, o jovem conquistou a atenção da imprensa internacional durante a visita de Papa Francisco ao palácio presidencial da Itália, ocorrida em junho, onde foi fotografado ao lado do pontífice e do presidente italiano, Sergio Matarella.

As imagens da visita mostram o jovem corazziere batendo continência na chegada do papa ao grande pátio principal do Palácio do Quirinale, em Roma. O jovem soldado de 1,96 m, em seu impecável uniforme de gala, ganhou um sorriso de Francisco.

N.T. nasceu em Salvador em uma família pobre. Sem condições de cuidar dele e da irmã mais velha, os pais entregaram a guarda das crianças ainda bebês para um casal da Sicília, em 1990. Os pais adotivos não quiseram separar os irmãos que, levados para a cidade de Caltanissetta, cresceram como cidadãos italianos.

N.T. estudou numa escola local e desenvolveu duas paixões no país que o acolheu: os esportes e a polícia. Em ambos conquistou sucessos.

Ainda adolescente, se tornou jogador de vôlei profissional, disputando competições em toda a Itália com seu time, que chegou até a série B. Em seguida, prestou concurso e se juntou às Forças Armadas italianas, no corpo dos Carabinieri. Mas o sonho de N.T. sempre foi fazer parte dos Corazzieri, a mítica tropa de elite que desde meados de 1500 protegeu os reis e os presidentes da Itália. Entre os requisitos mínimos para ingressar na instituição está a altura mínima de 1,95 m, saber cavalgar e superar uma série de duras provas físicas e psicológicas.

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